Pesquisas internas apontam que Tasso não agregaria votos e que senadora tucana seria a luz no fim do túnel da chapa MDB e PSDB
Chegou ao fim o impasse entre PSDB e MDB para a composição da chapa presidencial de Simone Tebet à Presidência da República. Os tucanos anunciaram nesta terça-feira (2) a senadora Mara Gabrilli (SP) como vice, após uma série de adiamentos de decisões. A cerimônia que oficializou a dupla feminina ao Planalto contou com a presença de caciques, como os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE), além do presidente nacional da sigla, Bruno Araújo.
O ponto final nas tratativas foi dado após a desistência de Tasso, que chegou a sinalizar problemas familiares e de saúde, além de pesquisas qualitativas que indicavam que ele não agregaria votos à chapa. Gabrilli está na metade de seu mandato no Senado e não vai perder a vaga por causa da candidatura. A chapa, no entanto, não é a única 100% feminina. O PSTU disputará as eleições de outubro com a sindicalista operária Vera Lúcia como cabeça de chapa e a indígena Kunã Yporã como vice.
Pesquisa Datafolha realizada entre 27 e 28 de julho aponta Tebet com 2% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) aparece com 8%. A emedebista aparece distante de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 47%, e do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 29%.
União Brasil
Ainda nesta terça-feira, é esperado o anúncio da senadora Soraya Thronicke (MS) como candidata ao Planalto pelo União Brasil. O presidente da sigla, Luciano Bivar, deve concorrer à reeleição na Câmara dos Deputados. Ele qualificou Soraya como a candidata mais preparada do partido.
Dono do maior fundo eleitoral no pleito deste ano (R$ 776,5 milhões), o União Brasil, que é a fusão de PSL e Democratas, se comporta no cenário eleitoral com o objetivo de eleger deputados, senadores, e manter a manutenção dos recursos do partido com uma bancada capaz de fazer peso na balança de poder na próxima presidência.