Ex-senador e ex-ministro é visto com desconfiança pelo mercado financeiro, porém conta com a confiança de Lula
O momento mais relevante da cerimônia de encerramento das atividades do Grupos de Trabalho (GTs) da Transição de governo foi o anúncio do petista Aloizio Mercadante como futuro presidente do BAnco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A apresentação ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde está sediada a equipe de transição do próximo governo.
A presença de Mercadante no BNDES ou em algum ministério importante é vista com desconfiança pelo mercado financeiro, dado seu perfil mais intervencionista. Sua gestão seria uma guinada no banco de fomento, que ficaria mais atrelado ao governo. Porém, Mercadante é de extrema confiança do próximo chefe do Executivo. Ex-senador (2003-2011) e deputado por dois mandatos (1991-1995 e 1999-2003), ele também ocupou os ministérios da Educação, da Casa Civil e da Ciência e Tecnologia durante quase todos os governos de Dilma Rousseff (2011-2016).
“Vai acabar as privatizações nesse país. Já privatizaram quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade. Eu, Aolizio Mercadante, ouvi críticas sobre boatos de que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para vocês que não é boato. O Aloizio Mercadante será presidente do BNDES”, afirmou Lula a uma plateia formada por jornalistas e centenas de integrantes dos grupos de trabalhos.
Em seguida, o presidente eleito reforçou a visão que pretende implementar no banco público. “Estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, de alguém que pense em reindustrializar esse país, em inovação tecnológica, em financiamento ao pequeno, médio e grande empresário”, disse.
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