Conteúdo é considerado peça-chave para denúncia contra ex-presidente por incitação ao crime
A Meta, dona do Facebook, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que não pode fornecer o vídeo publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dois dias após os ataques do 8 de janeiro. O conteúdo foi apagado por Bolsonaro e é considerado pela PGR como a principal prova para denúncia por incitação ao crime.
A empresa afirmou que o vídeo foi deletado e não está mais disponível nos servidores da empresa. Disse ainda que, embora a determinação para a preservação da mídia tenha sido dada em janeiro, dias após os atos e a republicação feita por Bolsonaro, ela não foi intimada pelo gabinete do ministro à época da decisão.
O vídeo postado por Bolsonaro mostrava um homem identificado como Dr. Felipe Gimenez, que atacava a segurança das urnas eletrônicas. A publicação trazia ainda as frases “Lula não foi eleito pelo povo. Ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.
A PGR considera que o vídeo é importante porque militantes bolsonaristas que perpetraram os ataques foram influenciados por teorias da conspiração que questionaram a vitória eleitoral do presidente Lula (PT).
Em depoimento à PF, Bolsonaro alegou ter publicado o vídeo por engano, quando estava sob efeito de medicamentos.