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Miranda fala em oferta de propina para não atrapalhar negócio

O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) resistiu para revelar o nome do parlamentar que estaria envolvido nas supostas irregularidades no processo de compra da Covaxin (o contrato foi cancelado pelo Ministério da Saúde). Na CPI da Pandemia, somente após horas de depoimento é que Miranda mencionou que o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), estaria implicado no caso – e que o presidente Jair Bolsonaro tinha noção de que algo errado poderia estar acontecendo. Agora, talvez livre do peso inicial de carregar uma informação bombástica, Miranda declarou ter recebido uma oferta de propina para não atrapalhar o andamento do negócio. À revista Crusoé, o deputado contou que a proposta envolvia o pagamento de seis centavos de dólar por dose adquirida do imunizante e teria sido feita pelo lobista Silvio Assis, ligado a Barros. Confira o trecho destacado na publicação:

“Eu estava indo para o carro, e o cara fala: ‘Deputado, se puder ajudar a gente com a questão da vacina, consigo colaborar com você, com a sua campanha, com 6 centavos de dólar por unidade’. Aí eu falo assim: ‘Está ficando louco, meu irmão? Não estou entendendo o que você está falando. Se você falar isso novamente, vou ter que te dar voz de prisão’. E ele diz: ‘O que é isso deputado, estou falando com o empresário… O senhor também não é empresário?’. E eu digo: ‘Não, amigo. Eu sou parlamentar, não trabalho com vacina, como você quer que eu te ajude?’. Aí ele diz: ‘Então esquece. Se o senhor se incomodou, se eu lhe ofendi, então esquece’. E deu um sorriso. Eu olhei para ele com cara de quem comeu e não gostou e fui embora.”

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