Às vésperas de completar 71 anos, a jornalista Miriam Leitão, da GloboNews e de O Globo, foi vítima de ataques contínuos e falaciosos nas redes sociais ao longo da semana. Tudo começou no domingo (3), quando foi alvo de um covarde comentário do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fez referência às sessões de tortura que ela sofreu em 1972, durante a Ditadura Militar (1964-1985). Com 19 anos e grávida de um mês de seu primeiro filho, Vladimir Netto, a então militante do PCdoB foi espancada e ameaçada de estupro nas dependências do quartel do 38º Batalhão de Infantaria, em Vila Velha, Espírito Santo, sendo depois deixada nua em uma sala escura com uma jiboia.
Após diversos comentários repudiando a atitude do parlamentar, que fez referência à cobra em um post do Twitter, a militância bolsonarista voltou ao ataque, difundindo mentiras sobre a atuação Leitão durante período autoritário. Uma imagem da jornalista passou a circular no WhatsApp com uma mensagem falsa. O texto diz: “Foto do julgamento do assalto ao Banco Banespa da Rua Iguatemi, em São Paulo, ocorrido no dia 06/Outubro/1968. A assaltante usava um revólver calibre 38 e junto com seus comparsas levaram mais de 80 mil cruzeiros, que seria equivalente a R$ 800.000. Alguém conhece a assaltante?” A imagem é verdadeira e consta dos prontuários policiais da ditadura, afinal a jornalista foi detida.
O resto é mentira. Míriam Leitão não foi presa e nem processada por roubo à mão armada. Em 1968, ela tinha 15 anos, cursava o ensino médio e morava com a família em Caratinga, interior de Minas Gerais. Sua posterior prisão se deu por razões políticas. Míriam era militante do PCdoB, partido clandestino na época. Ele ficou presa por 3 meses.
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Uma resposta
Só não entendi que fora falado que “ela teria sido presa com 19 anos e que era militante de um partido comunista”, mas que em 68 ela teria 15 anos?? As datas não batem!!