Ministro diz que medida é para garantir a ordem pública e cita apreensão de mais de 7 mil cartuchos de munição
Nesta quinta-feira (27), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes converteu a prisão em flagrante de Jefferson em preventiva, argumentando que o político “ocultou armas” durante o período em que estava em prisão domiciliar e “montou o arsenal bélico amplamente descrito pela Polícia Federal”. O magistrado afirmou que, durante o cumprimento do mandado, no domingo, em Levy Gasparian, no interior do Rio, ele reagiu com tiros e granadas, o que resultou em “um verdadeiro confronto de guerra”.
Roberto Jefferson aparece com o uniforme da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) em imagens obtidas pelo GLOBO. Nas três fotos, ele veste a tradicional camisa verde de malha em cima de uma branca e não exibe os cabelos raspados.
O ministro ressalta que, na ação, a PF apreendeu mais de sete mil cartuchos na casa de Roberto Jefferson. Entre o material, está um fuzil com mira telescópica, uma pistola sem cano, um simulacro de pistola, além de caixas de munição de calibre 45, 9 e 38 milímetros, 250 munições de fuzil 556, munição de calibre 22, quatro carregadores de pistola calibre 45 e dois coletes à prova de balas.
Jefferson foi preso no domingo (23) após decisão de Moraes ordenando o cumprimento de prisão em flagrante. O político havia atacado agentes da PF (Polícia Federal) com 50 tiros de fuzil e arremessado 3 granadas horas antes.
No dia anterior, o magistrado já havia determinado o restabelecimento da prisão preventiva de Jefferson por descumprir medidas cautelares, como a proibição de postar nas redes sociais. Na última sexta-feira (21), em vídeo publicado na internet, o político xingou a ministra Cármen Lúcia, referindo-se a ela com palavras de baixo calão.