Ministro do STF abriu investigação em julho de 2021 para apurar atuação de grupo em atos antidemocráticos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 90 dias o inquérito para apurar a atuação de milícias digitais em atos antidemocráticos. A Polícia Federal (PF) acredita que parte do grupo agiu de dentro do Palácio do Planalto e apura o financiamento público das atividades. O inquérito tinha até o dia 6 de julho para ser encerrado, mas com a decisão divulgada na terça-feira (12) o prazo foi estendido para outubro.
A investigação das milícias digitais foi aberta em julho de 2021 após o arquivamento de outra ação que investigava atos antidemocráticos desde 2020. A prorrogação atual é a quarta neste processo. Em relatório apresentado no processo, a PF aponta a existência de um gabinete do ódio na sede do governo federal para atacar rivais políticos e as instituições democráticas. Ataques ao STF e a ministros da Corte estão no escopo no inquérito.
Aberto por decisão individual de Moraes e homologado por colegas posteriormente, a investigação é constante alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Segundo bolsonaristas, o inquérito é utilizado para intimidar a direita e perseguir políticos afinados com o presidente.