Ministro do STF conversa com líderes partidários que temem escalada com a polarização entre direita e esquerda
O presidente interino do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, recebe na tarde desta quarta-feira (13) representantes da coligação Lula-Alckmin para firmar um pacto contra a violência nas eleições. Moraes, que chefia o TSE durante o recesso de julho, dá uma resposta imediata ao assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, morto no fim de semana aos gritos de “aqui é Bolsonaro”, por um apoiador do presidente, no Paraná.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes recebe nesta tarde a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que que deve lhe entregar um documento listando casos recentes de violência política no país – com ênfase no caso Marcelo Arruda, ocorrido em Foz do Iguaçu neste sábado (9). Representando a aliança PSB, PSOL, PCdoB, Solidariedade, PV e Rede, Hoffmann vai cobrar uma postura mais enfática do Judiciário. Antes, às 15h15, a pré-candidata presidencial e senadora Simone Tebet (MDB), acompanhada do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, e do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, vão entregar um manifesto pela paz nas eleições.
O ministro Moraes também conduz o inquérito das fake news políticas, que foi prorrogado. Ele é alvo de críticas pesadas de bolsonaristas ferrenhos e responsável pela condenação do ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, e do deputado Daniel Silveira, depois perdoado pela presidente.
Na terça-feira (12), Jair Bolsonaro (PL) ligou para os dois irmãos do tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, morto a tiros durante sua festa de aniversário pelo bolsonarista Jorge Garanho. Os irmãos de Marcelo apoiam o presidente. Na conversa, o presidente tentou caracterizar que não houve violência política. Ele não entrou contato com a viúva, Pâmela Suellen Silva. Para aliados, o presidente fez uma jogada de alto risco que pode se transformar em um grande erro político.