Orientado pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, um grupo de diplomatas, parlamentares e jornalistas estrangeiros começou a percorrer parte da Amazônia brasileira nesta quarta-feira (8). De acordo com Mourão, a viagem é uma oportunidade para o governo apresentar à comunidade internacional a realidade regional e as ações públicas de preservação do bioma e desenvolvimento econômico regional, que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão.
A maior floresta tropical do mundo, a conservação da Amazônia desperta atenção internacional que além dos prejuízos imediatos à população local e à economia brasileira, sua destruição causaria impactos globais, dentre eles a liberação de grande quantidade de gases de efeito estufa. No início de agosto, após a divulgação dos dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), o vice-presidente afirmou que o Brasil não atingirá, este ano, a meta de reduzir em 10% o desmatamento da Amazônia.
“Provavelmente, não vou cumprir aquilo que eu achava que seria o nosso papel: chegar a 10% de redução. Acho que vai dar na faixa de 4% a 5%, uma redução pequena, irrisória, mas que já é um caminho andado”, disse Mourão aos jornalistas. Dias depois, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Orlando Leite Ribeiro, destacou os esforços da pasta para reverter imagem negativa do Brasil no exterior em relação ao desmatamento e a queimadas.
“É preciso diferenciar o problema que temos do problema da imagem. Temos, sim, problemas com o desmatamento. O governo está ciente disso e tenta reverter. Mas existe um problema maior que é a percepção. No imaginário popular europeu, a Amazônia está queimando e estão extraindo madeira no coração da Amazônia”, disse Ribeiro durante evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Forças de Segurança
Além de servidores federais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes (ICM-Bio), militares das Forças Armadas (Aeronáutica, Exército e Marinha) e agentes da Força Nacional de Segurança Pública vêm atuando na prevenção e repressão a crimes ambientais na região amazônica. Em agosto, o Conselho Nacional da Amazônia Legal prorrogou a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) Samaúma, por mais 45 dias, contados a partir de 31 de agosto.
(com Agência Brasil)