O porteiro que envolveu o nome do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes mentiu, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro. Em depoimento, o funcionário afirmou que, horas antes do crime, o ex-PM Élcio Queiroz entrou no condomínio em que Bolsonaro mora dizendo que iria à casa do presidente. Élcio, no entanto, foi à residência do ex-PM Ronnie Lessa. O primeiro dirigia o carro usado no duplo homicídio e o segundo é apontado como sendo o autor dos disparos contra Marielle e Anderson. A informação foi revelada na terça-feira (29) pela Jornal Nacional, da TV Globo. Nesta quarta-feira (30), o MP-RJ apontou que o porteiro prestou informações falsas no caso. Segundo os procuradores, planilhas e áudios mostram que foi Lessa quem autorizou a entrada de Élcio no local. Nenhuma ordem partiu da casa de Bolsonaro, reforçou o MP-RJ.