A frente composta por partidos de esquerda – sem a presença do PT – para fazer oposição ao governo Bolsonaro no Congresso não agradou Gleisi Hoffmann, presidente da sigla. Para reverter a situação, Gleisi combinou um jantar com líderes de alguns partidos da frente, como PDT, PSB e PCdoB.
Para Randolfe Rodrigues, senador reeleito pela Rede, partido da frente de esquerda que não foi convidado para o encontro com Gleisi, a “oposição sistemática” que o PT pretende fazer não é o melhor caminho, daí a ausência da sigla. “O PT é um partido que aposta no ‘quanto pior, melhor’. Esse não é o melhor rumo para o Brasil no momento”, explica Rodrigues.
Carlos Lupi, presidente do PDT, também estará de fora do encontro com Gleisi. “Até agora não me convidaram. Não me importo. Eu, meu partido e outros de esquerda não queremos estar sob tutela do PT, esse partido hegemônico que não abre mão da sua liderança”, explica Lupi, presidente da legenda de Cid Gomes, senador eleito pelo Ceará e um dos principais parlamentares que faz críticas ao PT.
Os partidos negam que o objetivo é isolar o PT. Mas precisam convencer a presidente do partido e seus parlamentares eleitos. Será do PT a maior bancada da Câmara: 57 deputados.