Circula nas redes sociais uma alegação de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto proibindo a presença de homossexuais nos transportes públicos do país. Essa informação é falsa e foi escolhida a fake da semana de MR.
O boato foi compartilhado principalmente por WhatsApp. Contudo, não há qualquer base para tal alegação. Nenhuma mídia norte-americana noticiou tal medida nos últimos 30 dias.
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Na última quarta-feira (29), o Departamento de Transportes dos Estados Unidos, liderado por Sean Duffy, anunciou mudanças em suas políticas de transporte, focando em diversidade, eficiência econômica e redução de emissões de gases poluentes. Contudo, nenhuma das novas diretrizes diz respeito à exclusão de pessoas LGBTQ+ de transportes públicos – o que seria uma ilegalidade.
O que o departamento publicou foi o memorando “Reduzindo custos por meio de políticas inteligentes, não ideologias”, que orienta a adoção de decisões baseadas em princípios econômicos e análises de custo-benefício. A mudança prioriza investimentos em regiões com altas taxas de casamento e natalidade, mas não há qualquer menção à presença de homossexuais no transporte público.
O documento também deixa claro que o departamento está “totalmente alinhado com a missão do presidente Trump de recuperar oportunidades baseadas em mérito, restaurar a eficiência e garantir prosperidade econômica ao povo americano”.
Além disso, outro memorando, o “Rescisão de políticas woke”, instrui os altos funcionários do governo federal a eliminar iniciativas relacionadas ao “ativismo climático”, “diversidade, equidade e inclusão (DEI)” e políticas progressistas. Todavai, não há qualquer referência à exclusão de grupos sociais dos serviços de transporte.
A medida foi amplamente discutida nos Estados Unidos, principalmente em estados com taxas de natalidade abaixo da média nacional. O governo do Colorado, por exemplo, classificou a decisão como “ridícula”. Especialistas, como Jessica Tillipman, da Universidade George Washington, afirmaram nunca ter visto medida de tal natureza.
Portanto, a alegação de que Trump proibiu homossexuais de utilizarem transportes públicos é infundada e não tem respaldo nas políticas anunciadas recentemente pelo governo dos EUA.