Atual diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa seria mantido por ter a confiança de Lula. Já o diretor-adjunto cairia por desconfiança. Ele foi da inteligência da PF no governo Bolsonaro
O colunista Paulo Capelli, do portal Metrópoles, sediado em Brasília, publicou no início desta noite (29) que a primeira baixa no governo provocada pela crise de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) será o diretor-adjunto Alessandro Moretti (imagem). Por enquanto a permanência do diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa seria bancada pelo presidente Lula (PT).
Assim como seu antecessor, Alexandre Ramagem, suspeito de coordenar a operação, Corrêa é delegado da Polícia Federal (PF). Já Moretti cai por via das dúvidas, já que foi diretor de Informação e Inovação da PF no governo Bolsonaro antes de ir à Abin. Ele era visto com desconfiança por integrantes do atual governo.
Há suspeitas baseadas em reclamações de agentes da PF que houve tentativas de barrar as investigações dentro da Abin e que Moretti estaria envolvido – ou nada fez sobre. Houve dificuldades de acesso ao software de monitoramento FirstMile e ninguém da atual cúpula da Abin alertou o atual governo sobre as irregularidades detectadas pela Polícia Federal no início da investigação.
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