Com os novos aportes, serão cerca de R$ 4 bilhões disponíveis para novos projetos
A Noruega e o Reino Unido anunciaram nesta segunda-feira (11) novos aportes ao Fundo Amazônia. A Noruega, principal doadora do fundo, irá destinar mais US$ 50 milhões (R$ 245 milhões), enquanto o Reino Unido irá acrescentar 35 milhões de libras (R$ 215 milhões).
O anúncio foi feito durante um evento no pavilhão brasileiro da COP28, em Glasgow, Escócia. O ministro do meio ambiente e clima da Noruega, Andreas Bjelleand Eriksen, disse que o país está “reconhecedor dos resultados notáveis demonstrados por Lula e Marina”. Ele também destacou que o fundo é um “modelo baseado em resultados” que “fortalece o país”.
O ministro para segurança energética e net zero do Reino Unido, Graham Stuart, também elogiou o Fundo Amazônia. Ele disse que o programa “funciona” e que é necessário “buscar mais recursos para auxiliar no controle ao desmatamento”.
Com os novos aportes, o Fundo Amazônia terá cerca de R$ 4 bilhõe disponíveis para apoiar novos projetos. Desde sua criação, em 2008, o fundo já apoiou 106 projetos, em um investimento total de R$ 1,8 bilhão.
Ano movimentado
Em 2023, o Fundo Amazônia também recebeu € 20 milhões (R$ 110 milhões) do governo da Alemanha e assinou contrato para ingresso de 80 milhões de libras (R$ 500 milhões) do governo britânico, 5 milhões de francos suíços (R$ 30 milhões) do governo da Suíça e US$ 3 milhões (R$ 15 milhões) dos EUA.
A COP28 também foi palco da “maior chamada pública já realizada pela iniciativa”, o Restaura Amazônia, que destinará R$ 450 milhões a projetos de restauração ecológica de grandes áreas desmatadas ou degradadas.
Além do Restaura Amazônia, foram aprovados e contratados este ano outros quatro novos projetos para monitoramento da floresta e ações produtivas sustentáveis.
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