MONEY REPORT escolheu como Imagem da Semana o registro brutal do corpo de Francisco Wanderley Luiz, autor do fracassado atentado a bomba em Brasília, na noite de quarta (13), caído perto da estátua Justiça, na frente sede do STF, prédio que em 8 de janeiro de 2023 foi o principal alvo de uma multidão de golpistas depredadores.
O local e o desfecho compuseram um quadro triste, um lembrete simbólico que a radicalização, o discurso continuado de ódio e a disseminação de teorias conspiratórias podem encontrar terreno fértil na cabeça de cidadãos comuns, gente que por motivos pouco claros resolve acreditar que a violência extrema vai mudar os rumos de um país para o lado que acreditam ser moralmente o mais correto e definitivo – ignorando o ordenamento jurídico, o desejo democrático de milhões de concidadãos e a possibilidade de alternância no poder.
Em vez de incendiar multidões, o fim de Francisco Wanderley em uma noite chuvosa pareceu o desfecho de tragédia errática particular que, por sorte, não fez mais vítimas. As câmeras o mostram arremessando explosivos de baixo poder contra o prédio, enquanto um segurança se afasta para não ser atingido. A seguir, ele se deita no chão e o colete de explosivos que tinha atado ao tronco é acionado – não se sabe se de modo proposital ou acidental. O resultado autoritário que almejaria não encontrou eco, apesar das multidões que ainda acreditam que a violência pode ser uma alternativa política contra um inexistente risco de ditadura comunista, conforme o que ele publicou em redes sociais desde dias antes do ataque.
O que MR publicou
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