A cerca de seis meses do fim do mandato, o presidente Michel Temer vê seu governo, o mais impopular desde a redemocratização, terminar de forma prematura. As visitas de congressistas ao seu gabinete, que eram frequentes, agora rarearam. Funcionários de cargos de confiança já procuram novo emprego. Reformas que ele ainda sonhava em ver aprovadas, como a da Previdência e a simplificação tributária, ficaram para 2019. Nem medidas provisórias ele deve conseguir renovar. A única coisa que lhe resta, além de cuidar do Palácio do Planalto para entregá-lo ao sucessor em janeiro, é torcer para que o próximo presidente não revogue a reforma trabalhista e a que instituiu o teto dos gastos, suas vitórias mais relevantes.