Disputa será sangrenta e com larga troca de acusações e difamações de baixo nível
A divulgação das pesquisas eleitorais do Instituto Datafolha e do Ipespe a partir desta quinta-fira (26) semana mostra que começou uma disputa desgastante, regada a ataques e até com risco de confronto nas ruas. Grupos políticos, militantes, aliados (de ambos os campos) não devem ser poupados. Até a Justiça Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) estão no meio do fogo cruzado. O mais prejudicado com tudo isso? O eleitor.
Muitos até há pouco descartavam que a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) atingiria um nível exagerado, já que ambos nunca foram adversários abertos – Bolsonaroa até já subiu em caminhão de som da CUT. Porém, não é o que apontam os levantamentos eleitorais recentes. Segundo o Datafolha, a diferença de Lula para Bolsonaro é de 21 pontos na consulta estimulada, até com chances de vitória em primeiro turno. Já o Ipespe mostra 11 pontos de distância. Ao que parece, a cada semana os problemas econômicos, com elevação dos preços de alimentos e combustíveis vão dando o tom da campanha. Lula não está confortável na liderança, nem Bolsonaro com o segundo lugar – avançando lentamente atée há pouco..
Agora, podemos considerar que foi dada a largada à campanha, com grande parte dos players (de primeiro e segundo escalão) já apresentados. Oficialmente, serão 45 dias para que os candidatos apresentem suas propostas ao eleitorado. No entanto, o espaço nas redes sociais e na mídia deve ser ocupado pela velha briga entre direita e esquerda – sangrenta e com um passivo de acusações para ambos os lados.
A publicação do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e também de seu colega e ministro das Comunicações, Fábio Faria, só reflete o nível de toxidade da disputa, que já começou com ares de segundo turno. Se episódios envolvendo mortes suspeitas são usados como argumentos nas redes sociais, a polarização poderá descambarcom facilidade. O que se pode constatar, de fato, é o ódio liderando a disputa eleitoral.