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O toque fúnebre da desatenção

Uma cena que entrou diretamente para o folclore político marcou a entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quarta-feira (26), na entrada do Anexo 2 do Senado Federal. Enquanto falava com jornalistas sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o tornou réu por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro foi interrompido por trechos da “Marcha Fúnebre”, peça de Chopin executada por um trompetista posicionado na calçada do Congresso Nacional, a dezenas de metros de distância.

O responsável foi Fabiano Duarte, conhecido como o Trompetista do PT. O músico, que já concorreu a deputado distrital pelo Partido dos Trabalhadores (PT), também tocou “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”, jingle que marcou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Bolsonaro estranhou, mas logo entendeu, sorriu e reagiu com ironia: “Cuidado, hein. Pode ser um sinal secreto. Vou esperar um pouquinho. Saudades do tempo de quartel, toque de corneta”, disse o ex-presidente, enquanto aguardava o fim da performance. Assessores que acompanhavam a entrevista se irritaram e tentaram afastar o músico, mas Bolsonaro pediu para que não interferissem.

Ao perceber que havia perdido a atenção da imprensa, o ex-presidente encerrou a entrevista sem voltar a comentar o julgamento.

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