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Opositores se arriscam nas ruas contra um governo que pratica aglomerações

Manifestantes foram às ruas neste sábado (29) em várias cidades do país para protestar contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Pessoas ligadas a partidos de oposição, movimentos sociais e de estudantes saíram em passeata em defesa do pagamento de R$ 600 de auxílio emergencial, verbas para universidades públicas e ampliação da vacinação contra a covid-19. Mas houve uma grande contradição na iniciativa.

Os protestos são movidos pela mesma parcela da população que também reclama do desrespeito do presidente aos protocolos de distanciamento social. A contradição foi apontada no Lacre da Semana de MONEY REPORT. A conta do aumento das contaminações deve ser sentido em duas semanas.

Pela manhã, em Brasília, a concentração foi em frente ao Museu da República e seguiu para a Esplanada dos Ministérios (imagem de destaque). Em frente ao Congresso Nacional, os manifestantes gritaram palavras de ordem e exibiram faixas e cartazes. A Polícia Militar não divulgou o número de participantes do ato.

No Recife, a Polícia Militar dispersou os manifestantes que se concentravam na Avenida dos Guararapes, na região central, com bombas de efeito moral e disparos com balas de borracha. Uma vereadora foi agredida. O protesto terminou com um detido. Em sua conta no Twitter, o governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou em vídeo que repudia “todo ato de violência de qualquer ordem ou origem”. Em Pernambuco, um decreto proíbe eventos públicos durante a pandemia, porém a repressão não foi ordenada pelo comando da PM e, aparentemente, nem da operação.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi bloqueada em ambas as vias (imagem abaixo). A concentração ocorreu diante do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Os organizadores pediram respeito ao distanciamento sem sucesso. Houve aglomeração até para distribuição de máscaras. O protesto contou com a participação de líderes e militantes do PT, PCB e PSOL, das organizações estudantis UNE, UBES e UJS, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

No Rio, manifestantes se reuniram em frente ao monumento de Zumbi dos Palmares, no centro da cidade, a partir das 10h. Organizações sociais, movimentos estudantis, centrais sindicais e partidos de oposição ocuparam três das quatro pistas da Avenida Presidente Vargas e caminharam pela via em direção à Candelária. Depois seguiram por outras vias do centro.

As principais manifestações ocorreram em 16 capitais: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Belém (PA), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), Teresina (PI), Recife (PE), Palmas (TO), Porto Velho (RO) e São Luís (MA).

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