O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), informou na noite de quarta-feira (24) que determinou à Secretaria-Geral da Mesa a apuração de um gesto grosseiro feito por Filipe Martins, assessor internacional da Presidência da República, denunciado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O ato foi flagrado na transmissão da sessão que ouvia o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, sobre as ações da pasta na compra de vacinas contra o coronavírus. O assessor do Planalto estava um pouco atrás de Pacheco. Randolfe imediatamente apontou os gestos de Martins e entendeu que o próprio presidente do Senado estava sendo desrespeitado.
Para Rodrigues, foi uma ofensa a Rodrigo Pacheco e ao Senado. Por meio de uma questão de ordem, Randolfe pediu que Martins se explicasse ou que fosse conduzido pela Polícia Legislativa para fora das dependências da Casa. O parlamentar chegou a pedir a suspensão da sessão. Os gestos foram classificados por Randolfe como “obscenos” e de “deboche”. “Ele estava ironizando a fala do presidente da nossa Casa. Isso é inaceitável e intolerável. Basta o desrespeito que esse governo está tendo com mais de 300 mil mortos [na pandemia]”, declarou. O episódio repercutiu nas redes sociais e o gesto do assessor também passou a ser associado a um forma velada de comunicação entre supremacistas brancos.
O assessor Filipe Martins alegou que estava ajeitando a lapela de seu terno, o que de fato faz claramente logo após o gesto.
