Atual vice-presidente sênior da Aon Cyber Solutions, James Trainor também liderou a divisão de crimes digitais do Federal Bureau of Investigation (FBI). Sua carreira contra o crime ajudou a moldar as estratégias da empresa. Observador dos desafios e embates digitais, Trainor acompanha as mudanças na dinâmica do sequestro de dados pessoais e o aprimoramento dos algoritmos de rastreio, que favorecem a disseminação de fake news e campanhas de influência. Para ele, estes são os grandes riscos digitais que empresas e indivíduos devem aprender a lidar com urgência. “Teremos menos invasões e mais ações em redes sociais”, disse aos participantes do evento digital Aon Insights Series 2020 Latin América, nesta quarta-feira (11). Trainor foi a figura central da sessão “How to understand and mitigate cyber risk in the new reality”.
Citado no relatório de 900 páginas do Congresso americano sobre a suposta influência russa nas eleições de 2016, vencida por Donald Trump, o ex-agente federal divisava na ocasião as “operações de influência” como ocorrem hoje. Para o especialista, mais do que afetar diretamente o resultado de um pleito, o que os diferentes grupos que produzem e disseminam fake news querem é se beneficiar do ambiente de contínua polarização.
Conduzida pelo diretor da Aon America Latina, Marcelo Munerato de Almeida, ao lado do general manager da Unisys no Brasil, Mauricio Cataneo, a conversa também tratou do conceito de “confiança zero”, uma iniciativa que evita violações de dados mediante constantes checagens e rotinas de prevenção. A ideia ganha força diante do emprego de acessos remotos a partir de diferentes plataformas por milhares de colaboradores em home office.
