O levantamento semanal entre o público de MONEY REPORT apurou que para 56%, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se equilibra perigosamente entre os negacionismos, desconfianças e implicâncias infundadas de Jair Bolsonaro e a necessidade de fazer a campanha de vacinação avançar, principalmente agora, com o atendimento das crianças e a larga disseminação da ômicron. Exemplos não faltam. Queiroga lançou uma consulta pública sem sentido pela aprovação da vacinação infantil com ou sem recomendação médica, citou erroneamente um artigo científico que afirmava o contrário do que pregava e disse que não havia pressa na vacinação dos pequenos. Em setembro, declarou que a vacinação de adolescentes era “intempestiva”, depois desfilou sem máscara por Nova York ao lado de Bolsonaro e pegou covid, no mês seguinte, encomendou um estudo de protocolo cujo resultado condenava o tratamento precoce defendido pelo seu chefe e, mais vexaminoso ainda, perante o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que se iria passear no Tribunal Penal da Haia com Bolsonaro, caso o presidente fosse processado. Só que suas declarações e tentativas pró-chefia nunca vão adiante. A campanha de vacinação é inexorável, apesar dos tropeços pontuais – e com a sua ajuda.