O relator da CPI da Pandemia no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), questionou nesta quarta-feira (19) o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello sobre o fato de o governo brasileiro ter rejeitado as ofertas iniciais de vacinas contra o novo coronavírus feitas pela Pfizer. Pazuello confirmou o atraso nas tratativas e usou como argumentos supostos empecilhos colocados pela farmacêutica. Além disso, o ex-ministro citou as discussões mais avançadas – e vantajosas – com outros laboratórios para a aquisição de imunizantes. “É preciso compreender que a prospecção da Pfizer começou lá em abril e maio. Como discussões do tipo de vacina, estamos falando de vacina completamente diferente do que estamos acostumados, uma tecnologia que não era de conhecimento do Brasil e nós estávamos falando de uma empresa que não topava uma discussão da tecnologia conosco. Era porteira fechada, isso ou aquilo”, declarou. “Quando tivemos a primeira proposta oficial da Pfizer, chegou também com 5 cláusulas que eram assustadoras. Nós estávamos tratando uma encomenda de Oxford que chegaria a 200 milhões de doses neste ano. E a Pfizer nos colocando 18 milhões no primeiro semestre, com cláusulas complicadíssimas”, acrescentou.