Lira e Pacheco enviaram sete perguntas fundamentais para o futuro imediato da campanha de vacinação
Um dia depois de os governadores pedirem explicações ao Ministério da Saúde sobre a drástica redução da entrega de doses de vacinas em março, os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), deram ao ministro Eduardo Pazuello 24 horas para apresentar um cronograma de vacinação factível e responder a sete perguntas objetivas sobre a questão.
Lira e Pacheco querem saber o que está causando o encolhimento sucessivo da previsão de entregas – ou seja, atrasos – e quando a produção nacional de imunizantes vai deslanchar. Em fevereiro, eram esperadas 46 milhões de doses para março. Na quinta-feira (4), a estimativa baixou para 38 milhões, na sexta (5), para 37,4 milhões, no domingo (6), 30 milhões, e, na segunda (8), perante os governadores, já estava em 28 milhões. Um tombo de 40%.
Só da Covishield, a vacina da AstraZeneca/Oxford a ser produzida na Fiocruz, eram esperadas 16,9 milhões de doses, conforme previsão da pasta apresentada aos senadores, em 4 de março. Essa quantidade encolheu para 3,8 milhões, redução de 77,5%. Na segunda-feira (8), Pazuello justificou este atraso. Houve um problema em uma máquina de lacre de embalagem no Bio-Maguinhos. A desculpa específica não justifica os demais atrasos e respostas precisam ser dadas.
7 perguntas ao Ministério da Saúde
- O cronograma de vacinação foi alterado?
- Se foi, por quais razões?
- Quais os principais obstáculos ao cronograma vigente?
- Qual é o cronograma de produção nacional de vacinas pela Fiocruz e Instituto Butantan?
- Há um calendário para a aquisição de insumos farmacêuticos de outros países?
- Há risco de falta dessas matérias-primas?
- Quais os entraves para a importação desses produtos?
