O barril do petróleo Brent chegou a US$ 100,22 por volta das 4h25. Autoridades da Ucrânia confirmaram no início da madrugada desta quinta-feira (24) ataques em ao menos 10 regiões do país
O preço do petróleo ultrapassou os US$ 100 pela primeira vez em mais de 7 anos depois da Rússia atacar a Ucrânia nesta quinta-feira (24). Ações globais e títulos do Tesouro norte-americano caíram e a cotação do dólar subiu.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma “operação militar especial” no país vizinho. Já há relatos de explosões em Kiev, a capital ucraniana, e também nas cidades de Kharkiv, Dnipro e Odessa. Embora ainda não existam sanções sobre o comércio de energia, as nações ocidentais e o Japão puniram na terça-feira (22) a Rússia com novas sanções por ordenar tropas às regiões separatistas do leste da Ucrânia e ameaçaram ir mais longe se Moscou lançasse uma invasão de seu vizinho. A União Europeia já anunciou que aplicara um novo bloco de sanções à Rússia.
O barril do petróleo Brent chegou a US$ 100,22 por volta das 4h25. Bolsas de valores de Moscou e São Petersburgo suspenderam as operações. As de Hong Kong, Sydney, Mumbai e Seul operavam, por volta das 3h (horário de Brasília), em queda superior 3%. Os mercados de China, Japão e Austrália fecharam em queda. Os europeus abriram em baixa. O rendimento de títulos norte-americanos de 10 anos caiu 1,8681%. O de 2 anos teve queda de -1,5%. O dólar subiu mais de 0,5% em relação às moedas dos principais parceiros comerciais dos EUA.
Invasão russa
Autoridades da Ucrânia confirmaram no início da madrugada desta quinta-feira (24) ataques em ao menos 10 regiões do país. A informação surge momentos depois de Putin ter anunciado uma “operação militar especial” no país vizinho.
Já há relatos de explosões em Kiev, a capital ucraniana, e também nas cidades de Kharkiv, Dnipro e Odessa. Não havia, até a publicação desta reportagem, informações sobre vítimas dos bombardeios. Tropas russas estão invadindo o território ucraniano não só na fronteira entre os países, mas também a partir de Belarus e da Crimeia. As autoridades fronteiriças ucranianas relataram que soldados bielorrussos estão integrando as tropas da Rússia.
Em pronunciamento na televisão russa, Putin disse que a ação militar terá como objetivo proteger a população das províncias de Donetsk e Luhansk, situadas na região fronteiriça de Donbass. Mas acrescentou que confrontos entre forças russas e ucranianas serão “inevitáveis” e “só questão de tempo”.
Putin declarou que não pretende invadir a Ucrânia, mas sim “desmilitarizar e desnazificar” a região que a Rússia considera independente. Pediu para os soldados ucranianos entregarem suas armas e deixarem a zona de batalha.
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