Uma das três embarcações usadas na suposta pescaria não voltou do mar enquanto policiais faziam buscas e apreensões contra o filho Carlos
A Polícia Federal (PF) investiga se uma das três embarcações da família Bolsonaro teria sido utilizada para transportar e ocultar provas de possíveis crimes, enquanto policiais cumpriam mandado de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), na segunda-feira (29), em Angra dos Reis (RJ). Filho 02 de Jair Bolsonaro, Carlos seria quem recebia os informes ilegais da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre adversários e aliados políticos e eventuais movimentações legais contra dois de seus irmãos, o senador Flávio e o caçula entre os homens, Jair Renan.
Segundo o portal Metrópoles, a PF apura se um jet ski da família teria sido levado à propriedade de conhecidos na região para esconder possíveis materiais suspeitos, enquanto os agentes cumpriam o mandado. Segundo o advogado da família, Fabio Wajngarten, o clã Bolsonaro saiu mais cedo da residência para pescar.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) não teria retornado à casa da família, assim como um jet ski, sob alegação de ter um almoço marcado. “Eu vim direto para o local onde tínhamos um almoço”, afirmou Flávio, em entrevista ao jornal O Globo, na segunda. A informação fez a polícia suspeitar que talvez ele tenha conduzido a embarcação até a casa de conhecidos.
Flávio afirmou que Bolsonaro e os três filhos mais velhos saíram para pescar por volta das 5h30, deixando a casa na vila de Mambucaba. “Eu estava dentro da água quando meu pai me chamou e disse: ‘Sai, que está tendo busca e apreensão na casa do Carlos’. Foi só o tempo da gente arrumar as coisas e voltar”.
Já a versão da PF indica que a família Bolsonaro deixou a residência às 6h30, enquanto os agentes chegaram às 8h40. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) teria voltado em um jet ski por volta das 9h30, iniciando as tratativas para Carlos retornar do mar, o que ocorreu por volta das 11hs O ex-presidente voltou com ele.
O advogado da família, Flávio Wajngarten, nega a versão da PF e afirma que por volta das 12h45, quando chegou na residência, Flávio Bolsonaro já estava lá. Ele reitera que eles saíram para o mar antes das 6h.
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