Ex-promotor da Lava-Jato lançou suspeitas sobre o ministro do TSE, Benedito Gonçalves
O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) terá que esclarecer à Polícia Federal (PF) quais seriam as “motivações políticas” que provocaram a perda de seu mandado. Em entrevista à Folha de S. Paulo, na quarta-feira (24), o ex-promotor que chefiou a força-tarefa da Lava-Jato no Paraná afirmou que o relator da sua cassação, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gonçalves, agiu de olho em uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), por isso tentaria agradar ao presidente Lula.
Nesta segunda-feira (29), em entrevista ao programa Roda Viva, ele voltou a citar, de modo mais brando, que foi alvo de ações políticas. Em outras ocasiões recentes, também atacou o ministro do STF, Gilmar Mendes, que não compõe o TSE.
Suas declarações provocaram uma nota de repúdio da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que classificou de “inadmissível” as afirmações que configuraram um “ataque pessoal” a Gonçalves.
Dallagnol foi intimado nesta terça-feira (30) e deve prestar depoimento na sexta-feira (2), por videoconferência. O motivo da convocação não consta na intimação da PF.
Ele foi cassado na semana passada (16), por irregularidade ao se desligar do Ministério Público para entrar na vida política enquanto ainda respondia a processos disciplinares que poderiam lhe provocar punições, como a perda do cargo e multas. Seu afastamento foi unânime e se deu em poucos minutos.
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