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PF investiga origem do financiamento do site Terça Livre

Um relatório da Polícia Federal (PF) indicou as origens da verba que abastece o site Terça Livre, comandado por Allan dos Santos (imagem). Parte do conteúdo foi apresentado pelo Jornal Nacional da TV Globo, no sábado de noite (5). Uma ponta indica que parte viria do exterior, por meio de João Bernardo Barbosa, empresário brasileiro que reside em Miami, nos Estados Unidos. A deputada Bia Kicis (PSL-DF), inclusive, teria articulado com Santos para evitar a convocação do empresário à CPMI das Fake News em 2019. Outra ponta indica repasse de servidores públicos ao blogueiro. No auge dos atos antidemocráticos, quase 650 transações bancárias não identificadas foram recebidas por ele.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Além disso, as relações entre Allan e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), indicam articulação pela pressão e saída do então, presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Em 17 de abril [2020], o deputado Eduardo Bolsonaro e Allan dos Santos conversam, sobre o #ForaMaia. Na mesma ocasião, o blogueiro chama o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ) para participar de uma transmissão pelo YouTube. Jordy pergunta o tema e Allan afirma: ‘Bater no Maia’”, aponta o documento. A PF utilizou uma investigação da Atlantic Council, organização parceira do Facebook que analisa grupos que espalham desinformação na democracia.

Allan também pretendia usar sua proximidade com o Planalto para ser indicado como secretario de Radiodifusão.

Investigação da Polícia Federal:

  • Articulação para evitar que um sócio do blogueiro bolsonarista Allan dos Santos fosse chamado para depor à CPI das Fake News;
  • Direcionamento de verbas do governo federal para sites e canais bolsonaristas;
  • Repasses a uma empresa de tecnologista ligada à publicidade do Aliança pelo Brasil (partido que Jair Bolsonaro tentou fundar) e que prestou serviço para parlamentares governistas;
  • Apurar valores repassados por servidores públicos ao blogueiro Allan dos Santos, incluindo uma funcionária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 70 mil;
  • Investigar a existência de um braço estrangeiro de financiamento dos atos antidemocráticos – cooperação internacional do Canadá;
  • Possível “rachadinha” em gabinetes de deputados governistas na Câmara dos Deputados e o redirecionamento das verbas aos atos antidemocráticos.

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