Além do ex-ministro, Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) são apontados como lobistas
A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã desta quarta-feira (22) o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de negociar a liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para municípios em troca de propina. A operação Acesso Pago investiga a prática de tráfico de influência e corrupção.
O mandado de prisão preventiva expedido contra Milton Ribeiro cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. O mandado assinado pelo juiz federal Renato Borelli determina que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da PF em Brasília, e que a audiência de custódia seja feita no período da tarde.
Os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ambos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL) são apontados como lobistas que atuavam no MEC. Bolsonaro também afirmou, no início das investigações, que “colocaria a cara no fogo”, em defesa de seu então ministro da Educação.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e outros quatro mandados de prisão, distribuídos pelos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. Além disso, há medidas cautelares, como a proibição de contatos entre investigados e envolvidos.
“O crime de tráfico de influência está previsto no artigo 332 do Código Penal, com pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses), todos previstos no Código Penal”, informou a PF.
A PF baseou a investigação em documentos, depoimentos e no relatório final da investigação preliminar sumária da Controladoria-Geral da União (CGU).
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