Atentados contra veículos foram um reação à repressão ao garimpo ilegal em terras yanomami, em Roraima
A Polícia Federal deflagrou uma operação para prender suspeitos de participação dos ataques que tentaram incendiar um helicóptero do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), em 24 setembro, em Manaus, no Amazonas. Deflagrada na manhã desta terça-feira (29), a operação Mãe do Ouro investiga um grupo ligado a garimpos ilegais em terras indígenas yanomami, em Roraima. Foram expedidos oito mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva em Goiânia (GO) e em Boa Vista.
Em 3 de fevereiro, a PF prendeu o empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, suspeito de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Ibama, em Manaus (AM), em 24 de janeiro. Em 12 de setembro, um grupo invadiu a Superintendência da PF, em Boa Vista, Roraima, para tentar destruir um helicóptero do Ibama usado no combate a crimes ambientais (imagem). Antes, em 7 de setembro, um carro do órgão foi incendiado no pátio.
Para as autoridades, os ataques foram uma resposta às ações da PF e do Ibama, que entre 26 de agosto e 7 de setembro, destruíram pistas de pouso e aeronaves em áreas de garimpo ilegal em terras indígenas. Um dos empresários teria pago R$ 5 mil pela ação. A PF afirma que há indícios de participação da associação de garimpeiros de Roraima no crime. As ordens judiciais foram expedidas pela 4ª Vara Federal Cível e Criminal da Seção Judiciária de Roraima. Ao todo, mais de 70 policiais integram a operação.
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