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PGR quer incluir Temer em inquérito sobre repasses da Odebrecht

O ministro Edson Fachin, do STF, deve decidir se autoriza a inclusão do presidente Michel Temer no rol de investigados de um inquérito que apura repasses ilícitos da Odebrecht para o PMDB na campanha de 2014. O pedido foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e difere do entendimento de seu antecessor no cargo. Rodrigo Janot deixou Temer de fora da apuração por entender que o presidente da República só poderia ser investigado por fatos ocorridos durante o seu mandato. Dodge, no entanto, argumentou ao embasar a solicitação que o presidente pode ser investigado por fatos anteriores, mas não denunciado. “A investigação criminal deve ser contemporânea dos fatos. Deve ser o mais próxima possível do tempo da sua suposta prática criminosa, sob pena de perecimento das provas”, afirmou a PGR em sua manifestação ao STF.

Por que é importante

O caso em questão remete a um episódio relatado por delatores da empreiteira em que se discutiu uma contribuição de R$ 10 milhões para o PMDB, que teria sido formalizada em um jantar no Palácio do Jaburu, com a presença de Temer, do empresário Marcelo Odebrecht e dos hoje ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco

Quem ganha

Para sustentar o pedido, a PGR citou um precedente do STF de 1992, contra o então presidente Fernando Collor, em que ele foi alvo de investigação pelo Supremo

Quem perde

Caso o STF defira a questão, Temer poderá responder a mais um inquérito

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