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PL quer Bolsonaro mesmo com suas bandeiras antidemocráticas

Não é de hoje que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, tenta cair nas graças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Em 28 de setembro, ele publicou um vídeo no canal oficial do da legenda pedindo a demissão do então presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Romildo Rolim, por causa de um velho contrato com a ONG Instituto Nordeste Cidadania (Inec), operadora do Crediamigo, maior programa de microcrédito da América Latina. Rolim caiu dois dias depois, dando lugar a Anderson Possa. Nesta segunda-feira (25), Costa Neto reiterou seu convite de filiação, alegando um “papel de maior protagonismo na política nacional”. Além de Bolsonaro, o convite foi estensivo aos filhos e fiéis seguidores.

Cerimônia de aprovação da fusão entre DEM e PSL

O passo do cacique do Centrão é calculado. Indicativo de uma atenção com o cenário criado pelo União Brasil, partido fruto da fusão entre DEM e PSL, que hoje reúne mais de 80 parlamentares. O novo partido é divido entre bolsonaristas e antibolsonaristas, o que oportunamente pode tornar o PL uma rota de escape segura, caso Bolsonaro se filie à legenda. O resultado também seria um esvaziamento dos presidentes ACM Neto (DEM) e Luciano Bivar (PSL) de abocanhar uma gorda fatia do Fundão. Outro ponto importante é a intriga de bastidores com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), por causa da secretária de governo, Flávia Arruda (PL-DF). Ela é pressionada a liberar o cargo em prol de outra deputada, Celina Leão (PP-DF), ambas ligadas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que demonstra insatisfação com a falta de articulação de Arruda frente à pasta.

No meio dessas movimentações palacianas e partidárias para engrossar sua fileiras, há os limites contraditória que o PL se imporia – pelo menos em tese. Em outro vídeo (abaixo), Costa Neto alega que defende o centro político e é contra as bandeiras antidemocráticas defendidas por Bolsonaro. “Não participamos das manifestações a favor do voto impresso e contra as decisões do Legislativo e do Judiciário. Defendemos a República, a democracia e as liberdades individuais”, disse. Mesmo assim, ele tenta arregimentar o defensor de autoritarismos. De fato, é uma característica do Centrão ser avesso aos radicalismos, à direita ou à esquerda. Essa sobriedade combinada com o pragmatismo para se manter perto do poder contribui para o equilíbrio do Legislativo. Para isso, o partido detém o controle do Ibama, Incra, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e a direção do BNB.

Convite do PL

O posicionamento do PL

Vídeo que antecedeu a demissão de Romildo Rolim

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