MONEY TALKS interpreta os desdobramentos das manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em 25 de fevereiro. Maior ato político na avenida mais famosa de São Paulo, o movimento não blindou o ex-mandatário das ações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo contrário, seu pedido de anistia aos golpistas do 8 de janeiro de 2022 processados e já condenados soou como uma admissão pouco velada de culpa. Com Bolsonaro inelegível, os holofotes apontam para o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) como o sucessor mais encorpado da direita. Resta saber se o atual inquilino do Palácio dos Bandeirantes deixará uma possível reeleição. No canto oposto, a esquerda ensaia uma grande manifestação em março que tem tudo para dar errado. Se for maior que o comício da direita, tudo bem, afinal, são os vencedores da eleição. Se for menor, demostraria fraqueza. Se Bolsonaro for preso, parecerá que pressionaram, se ficar livre, que são fracos. Por fim, analisamos o escandaloso episódio que resultou na destituição de Darci Alves Pereira da presidência do PL de Medicilândia (PA). Conhecido por lá como Pastor Daniel, Darci é um dos assassinos do ambientalista Chico Mendes, em 1988, no Acre. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que jamais soube quem ele seria e tenta sua expulsão, deixando de lado que, enquanto no poder, a sigla foi contra políticas de preservação ambiental e demarcação de terras aos povos tradicionais, o que resultou em um aumento na violência na Amazônia. Participaram o editor-chefe André Vargas e os editores Lorena Giron e Rodrigo Dias.

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