Esse MONEY TALKS teve jeito de bate-bola. Um levantava , o outro definia ou dava deixa para o colega arrematar. Pudera, a semana em Brasília e São Paulo foi cheia de crises evitáveis. A mais quente envolve o prenúncio de um novo apagão de energia na cidade de São Paulo, o que fez o prefeito e virtual candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), pedir à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) o cancelamento do contrato de fornecimento de energia da concessionária Enel. E vai colocar quem no lugar? Puro jogo de cena para tentar se descolar da crise. É certo que a Enel enxugou seus quadros, mas é provável que nem com a capacidade anterior daria para resolver o apagão rapidamente. O que faltou foi gestão. Por parte da empresa, da prefeitura e até do governo do estado, que diante de uma situação extraordinária foram incapazes de unir esforços em um comitê de crise. Braços para trabalhar não faltam. Sem contar que o CEO da Enel, Nicola Cotugno, falou o que não devia e teve que se retratar com atraso por não ter se desculpado quando deveria. Em Brasília, prevaleceu o absurdo, com a crise atrapalhada da presença da esposa de um líder do Comando Vermelho em visitas ao Ministério da Justiça. Uma barbeiragem sequenciada que vem desde o Amazonas. E há também a mudança em Lula, que com a idade e as pressões do cargo, abandona com frequência exagerada o espírito de paz e amor que lhe tornou uma figura respeitada. Participaram do debate o publisher de MR, o jornalista Aluizio Falcão Filho, e o editor-chefe André Vargas.