A Operação Tânatos, da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério Público (MPRJ), deteve suspeitos de envolvimento em execuções e extorsões, a partir do final da madrugada desta terça-feira (30). Entre seus crimes estariam os assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco (imagem) e de seu motorista Anderson Gomes, ocorridos em março de 2018. O atentado teve repercussão internacional. Os envolvidos são policiais, ex-policiais e supostos milicianos que integram o grupo conhecido como Escritório do Crime. Também foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão. A organização criminosa cobraria entre R$ 1 milhão a R$ 1,5 milhão por cada execução e vigiava suas vítimas por meses seguidos com emprego de olheiros e drones.

Os detidos estariam envolvidos com crimes há mais de uma década. Foram detidos os irmãos : Leonardo Gouveia da Silva, o Mad ou Paraíba e Leandro Gouveia da Silva, o Tonhão. Ex-policiais militarres, João Luiz da Silva, o Gago, e Anderson de Souza Oliveira, o Mugão, não foram localizados no início da operação.

O MPRJ afirma que os quatro possuíam ligações próximas com Adriano Magalhães da Nóbrega, o Capitão Adriano, miliciano morto em confronto com a polícia em fevereiro deste ano, no interior da Bahia. Ele era um dos suspeitos de ser mandante no caso Marielle. A polícia acredita que Mad assumiu o comando do Escritório do Crime com a morte de Adriano.

A investigação sobre o Escritório do Crime está em curso desde 2018, após informações obtidas com Orlando de Araújo, o Orlando Curicica, que chegou a ser apontado como o executor de Marielle e Anderson. Araújo revelou que policiais recebiam propina para não investigar os homicídios cometidos pela quadrilha.