Segundo a PF, inspetor efetuou a pesquisa em 9 de abril de 2018. Crime ocorreu um mês depois
Um inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que teria ligação com integrantes da milícia, pesquisou o nome do pai da vereadora Marielle Franco no sistema interno da corporação em21 de fevereiro de 2018, um mês antes do crime. A informação é apontada no relatório complementar da Polícia Federal (PF) sobre as investigações do homicídio da parlamentar.
O inspetor fez a pesquisa sobre o nome do pai da Marielle em 9 de abril de 2018, e chegou a ser intimado a depor na Delegacia de Homicídios (DH), responsável pelo inquérito que apurava o assassinato da vereadora.
Aos investigadores, ele negou recordar-se do “motivo da consulta e tampouco do nome consultado”. Ele não foi indiciado. A PF aponta ainda que esse mesmo policial, em 12 de julho de 2008, teria elos com integrantes da milícia. Ele estava em um clube em Santa Cruz, também na Zona Oeste da cidade, quando um grupo criminoso chamado Liga da Justiça foi preso em flagrante no local, com apreensão de armas e veículos.
No relatório, a PF afirma que, naquela data, o inspetor responsável pela pesquisa pelo nome do pai de Marielle “estranhamento não foi preso, mas levado à delegacia para prestar declarações como testemunha”. Ele estava lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA).
De acordo com as investigações da própria PF, a atuação parlamentar de Marielle incomodava milicianos do Rio. Uma das insatisfações dos criminosos, por exemplo, seriam as atividades ligadas à sua preocupação com a expansão fundiária irregular desses grupos. A PF aponta, inclusive, que a “apertada votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016”, que versava sobre a regularização de um condomínio inteiro na Zona Oeste, teria sido um dos motivos de sua execução.
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