Na companhia de Alexandre de Moraes, Valdemar Costa Neto afirmou que o local de totalização dos votos tampouco é escuro
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, visitou nesta quarta-feira (28) a sala de totalização de votos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O local foi aberto para entidades fiscalizadoras, representantes de partidos políticos e missões internacionais de observação. Depois de percorrer todo o local ao lado do ministro Alexandre de Moraes, do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), o líder da legenda do presidente Jair Bolsonaro declarou que a sala “não é mais secreta”. “Agora é aberta”, emendou. Sua afirmação é um balde institucional de água fria no bolsonarismo raiz.
A teoria conspiratória sobre a segurança do processo de apuração dos votos pelo TSE é sustentada sistematicamente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Após quatro anos questionando as urnas eletrônicas sem apresentar provas, o atual mandatário e correligionários de dentro e de fora do governo puderam constatar que a área do TSE onde os votos são somados pode ser visitada por autoridades.
Durante uma live nesta semana, o presidente disse que o TSE teria má vontade com as Forças Armadas, apesar de a Corte ter acatado algumas sugestões dos militares para o processo eleitoral. O presidente insiste que só haveria “chance zerada” de fraude se o país voltasse a adotar o voto impresso, o que foi rejeitado pelo Congresso em 2021. Depois da declaração de Costa Neto, Moraes afirmou que a visita foi feita para demonstrar o óbvio. “É uma sala aberta e clara. Não é nem sala secreta, nem sala escura”, repetiu.
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