Militar está preso há três meses e, conforme a Veja, deve dizer que ajudou na venda dos objetos de luxo nos EUA e entregou o dinheiro a Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), pode confessar que vendeu as joias recebidas em agenda oficial, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em espécie para o ex-mandatário. A confissão, confirmada pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt, foi publicada nesta quinta-feira (17) pela revista Veja.
Cid estaria disposto a dizer que participou da venda de joias que foram presenteadas oficialmente a Bolsonaro, mas não poderiam ser comercializada por se tratarem de um bens públicos valiosos direcionados ao presidente – e não ao cidadão Jair Bolsonaro. Conforme a revista, o ex-braço direito do presidente deve confirmar o que até agora apenas sugeriu ao dizer, mais de uma vez, que só “cumpria ordens”.
“Resolve lá”, era a ordem dada pelo então presidente para seu auxiliar, o que incluía a venda e o repasse do dinheiro ilegal para Bolsonaro, assim como a falsificação dos atestados de vacinação do presidente e de sua filha menor de idade – fraude que o próprio Cid e esposa teriam cometido com suas certificações de imunização.
Na quarta-feira (16), um dia após se tornar advogado de Cid, Cezar Bitencourt já havia dado indícios de que a linha de defesa seria mostrar que o tenente-coronel apenas cumpria ordens, até mesmo ilegais e injustas. “Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria e muito grave. Exatamente essa obediência a um superior militar é o que há de afastar a culpabilidade dele. Ordem ilegal, militar cumpre também. Ordem injusta, cumpre. Acho que não pode cumprir é ordem criminosa”, declarou o advogado, em uma entrevista à GloboNews.
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