Após a apoteótica cerimônia de filiação feita em 27 de outubro, agora o PSD de Gilberto Kassab entrega uma cerimônia mais tímida para oficializar a pré-candidatura ao Palácio do Planalto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) (imagem), nesta quarta-feira (24) no Centro de Eventos do hotel Royal Tulip, em Brasília.
Mantendo o discurso conciliador ao centro, o parlamentar novamente trouxe a figura de Juscelino Kubitschek como uma fonte de inspiração “assim como eu, todos temos o direito de nos inspirar na figura de Juscelino [Kubitschek]”. Ele também disse que está a serviço do Brasil e do PSD na eleição de 2022. Para reafirmar sua nova sigla, mas também serve como ataque velado ao Democratas (de 2018 até 2021) seu antigo partido, Pacheco disse que já se sentia parte do PSD antes mesmo de integrá-lo. O congressista defendeu a democracia e a pluralidade de ideias e se colocou contrário aos radicalismos, um ataque soft aos pré-candidatos polarizados, o ex-presidente Lula (PT) e o atual Jair Bolsonaro.
Entretanto, apesar de toda a pompa, o discurso foi praticamente o mesmo da filiação, como se Pacheco tivesse queimado a largada e agora, no momento mais importante, o de se apresentar como opção ao eleitor, ele não tivesse o que dizer, demostrando a ausência de uma agenda e de uma equipe a ser apresentada para concorrer na terceira via.