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QShaman se declara culpado e chama Trump de traidor

Conhecido como QShaman, o invasor do Capitólio Jake Angeli se declarou culpado pela obstrução dos trabalhos do colégio eleitoral do Congresso americano, que referendava a eleição de Joe Biden, contestada sem provas por Donald Trump. A declaração de seus defensores foi apresentada nesta sexta-feira (3), mas só divulgada na noite de sábado (4). Registrado como Jacob Anthony Chansley, Angeli se tornou a figura emblemática do atentado à democracia, ao qual participou torso nu, algumas peles (sinteticas) e um cocar sioux com chifres de bisão. Ele fechou um acordo com os promotores que cuidam do caso em uma audiência virtual no Tribunal Federal de Distrito em Washington e conhecerá sua sentença em 17 de novembro. O radical de ultradireita se comprometeu a pagar US$ 2 mil como restituição por danos ao Capitólio e ainda é possível que receba uma multa de US$ 250 mil.

A defesa disse que seu cliente estava arrependido e que ele se sentia traído pelo ex-presidente Donald Trump, “o homem a quem deu a lua e que lhe virou as costas”, disseram. Trump insuflou a manifestação e a invasão para tentar derrubar o veredito das urnas, alegando fraude. Jake Angeli e outros milhares acreditaram e tentaram uma espécie de golpe popular. Quando o agora condenado esteve no Senado, deixou um bilhete no púlpito ocupado pouco antes pelo então vice-presidente, Mike Pence, que certificara a eleição de Biden: “É apenas uma questão de tempo, a justiça vai chegar”. Sua ação foi captada em vídeo: “Vou sentar nesta cadeira […] porque Mike Pence é um (palavrão) traidor”. De uma maneira tão torta quanto sua maneira de ver a política, o radical tinha razão. A justiça chegou e o traidor, ele acredita, agora seria outro.

Angeli é seguidor da QAnon, teoria conspiratória de extrema direita que acredita na existência de um “estado profundo”, composto por políticos democratas e celebridades no controle do governo dos EUA e de Hollywood – propagando comunismo, pedofilia e destruição de valores cristãos. Desde agosto de 2019, seus adeptos passaram a ser considerados uma ameaça terrorista doméstica pelo FBI. 

QShaman foi preso e acusado de seis crimes federais, entre os quais figuravam: desordem civil, obstrução aos procedimentos do Colégio Eleitoral, alteração da ordem pública em lugar restrito e manifestação em um edifício do Capitólio.

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