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O que fez o general Ridauto, investigado pelo 8/1

Militar da reserva teria participado de atos antidemocráticos em janeiro, em Brasília

Conheça Ridauto Fernandes, o general da reserva conhecido como Kid Preto, que enfrenta acusações relacionadas à suposta participação nos acontecimentos golpistas de 8 de janeiro. Há imagens dele na Praça dos 3 Poderes durante os atos golpistas e ele é suspeito de participar ativamente na tentativa de derrubada no governo. O general da reserva está sendo interrogado pela Polícia Federal no contexto da 18ª fase da Operação Lesa Pátria, que ocorreu nesta sexta-feira (29). Seus passaporte, dispositivos eletrônicos e arma foram apreendidos.

As investigações sugerem que Ridauto Fernandes fazia parte de um grupo denominado kids pretos, que ocupava posições de alto escalão no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Anteriormente o general atuou como diretor de Logística do Ministério da Saúde, sob a liderança do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para esse cargo em julho de 2021 e posteriormente exonerado em 31 de dezembro, no último dia do governo Bolsonaro (PL).

À CNN, o militar da reserva disse não ter o que temer e que a ação da PF foi tranquila. Ele alegou preferir não comentar o que lhe foi questionado por causa do sigilo envolvendo a investigação. Atualmente, Ridauto trabalha como professor no Instituto Sagres de Política e Gestão Estratégica Aplicadas, de acordo com informações disponíveis no site da instituição.

‘Kids pretos’

A designação kids pretos, é um apelido dos integrantes das forças especiais (FE) brasileiras, refere-se a militares da ativa ou da reserva do Exército que são especialistas em operações especiais – quando muitas vezes cobrem os rostos com tintura enegrecida como camuflagem. Eles passam por treinamento no Comando de Operações Especiais em Goiânia, Goiás, ou na 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, Amazonas.

Esses militares aprendem a realizar missões de alto risco e sigilosas, como operações de guerra irregular, envolvendo terrorismo, guerrilha, insurreição e movimentos de resistência, entre outros desafios. Eles também são preparados para situações que envolvem sabotagem, operações de inteligência, planejamento de fugas e evasões.

Investigação

A nova fase da Operação Lesa Pátria faz parte de uma investigação que busca identificar supostos membros das Forças Especiais do Exército que teriam liderado as invasões às sedes dos Três Poderes. Imagens indicam a presença de indivíduos mascarados e usando luvas, abrindo caminho para outros apoiadores de Bolsonaro através do teto do Congresso Nacional.

De acordo com as investigações, os ataques foram conduzidos de maneira profissional por pessoas que aparentemente conheciam bem o local e possuíam treinamento. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o bloqueio de ativos e valores do general, considerando-o um executor e possivelmente um dos idealizadores dos atos golpistas, de acordo com a investigação.

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