Cláudio Mendes dos Santos estava foragido desde os atentados de 8 de janeiro. Ele ganharia dinheiro com os atos
Nesta quinta-feira (23), a Polícia Federal prendeu Cláudio Mendes dos Santos, um major da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que liderou o acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército. A prisão ocorreu no âmbito da 9ª fase da Operação Lesa Pátria.
Após permanecer por mais de 60 dias no acampamento, o policial da reserva fugindo diante da resistência aos ataques golpistas de 8 de janeiro. Em mensagem de WhatsApp, ele chegou a comemorar: “Ainda não ‘tô’ preso”. Mendes dos Santos foi detido no Riacho Fundo, no Distrito Federal.
Em nota, a PF afirmou que ele é suspeito de atuar para incitar os atos antidemocráticos e apontado como um dos administradores dos recursos que financiavam as ações. As investigações apontam ainda que o ex-policial teria ensinado “táticas de guerrilha” para os participantes do acampamento.
Segundo a PF, o major poderá responder pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem público especialmente protegido.
Golpe do Pix
O major da reserva incentivou um golpe de estado contra o resultado das urnas por sucessivas vezes. Houve denúncias que ele ganhava dinheiro com os atos bolsonaristas.
No dia da posse de Lula (PT), Cláudio foi figura central de uma discussão entre os próprios apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), que reclamaram de mais um pedido de dinheiro. “Só quer saber de Pix”, acusou um militante.
Segundo o Portal da Transparência do Governo do Distrito Federal, o salário do oficial da reserva é de R$ 20,7 mil. Nas redes sociais, que ele excluiu depois os ataques bolsonaristas à Praça dos Três Poderes, o suspeito informava ser instrutor de tiro.
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