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Quem e quais são as suspeitas contra os envolvidos na trama golpista de Bolsonaro

Há quatro ex-ministros, generais de farda e de pijama, um almirante, oficiais das forças armadas, uma delegada da PF e o ex-superintendente PRF

Denunciado pela Procuradoria-Geral de República (PGR ) pelos crimes de golpe de estado, abolição violenta do estado democrático de direito e organização criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ser julgado na companhia de parte da alta cúpula de seu governo. Entre os outros 33 denunciados estão quatro ex-ministros (Braga Netto, Casa Civil; Augusto Heleno, do GSI; Anderson Torres, da Justiça; e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, da Defesa). Além do ex-comandante da Marinha (almirante Garnier Santos) e do ex-diretor do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Alexandre Ramagem).

De acordo com as investigações, o grupo cogitou assassinar antes da posse o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o relator do caso. Militares de forças especiais foram aliciados.

O complô não transcorreu como o inicialmente desejado, mas culminou nos atos golpista de 8 de janeiro de 2023, com invasão do Congresso, da sede do STF e do Palácio do Planalto.

Denunciados ilustres

Alexandre Rodrigues Ramagem – Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal (PL-RJ)
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Almir Garnier Santos – Ex-comandante da Marinha, almirante de esquadra
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Anderson Gustavo Torres – Ex-ministro da Justiça
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Augusto Heleno Ribeiro Pereira – Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e general da reserva
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Mauro César Barbosa Cid – Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira – Ex-ministro da Defesa e general da reserva
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

Walter Souza Braga Netto – Ex-ministro da Defesa, ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro e general da reserva
Crimes: Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.

O segundo escalão da trama
  • Ailton Gonçalves Moraes Barros – capitão reformado acusado de intermediar a fraude nos cartões de vacinação contra covid-19
  • Angelo Martins Denicoli – major da reserva que atuou na direção no Ministério da Saúde na gestão Pazuello
  • Bernardo Romão Correa Netto – coronel que integrou núcleo que incitava militares a aderirem à intervenção militar para impedir a posse de Lula
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha – engenheiro contratado pelo PL para questionar vulnerabilidade das urnas eletrônicas nas eleições de 2022
  • Cleverson Ney Magalhães – coronel da reserva do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres (Coter);
  • Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira – general do Exército, ex- comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter) 
  • Fabrício Moreira de Bastos – coronel supostamente envolvido com carta de teor golpista
  • Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor da Presidência que participou da reunião da minuta de golpe
  • Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário executivo da Segurança Pública do DF
  • Giancarlo Gomes Rodrigues – subtenente do Exército e um dos encarregados pelo monitoramento clandestino de opositores políticos pela Abin Paralela
  • Guilherme Marques de Almeida – tenente-coronel do Exército exonerado e ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas, em Goiânia – em fevereiro ele desmaiou ao ser detido pela PF
  • Hélio Ferreira Lima – tenente-coronel do Exército
  • Marcelo Araújo Ormevet – policial federal envolvido na Abin Paralela
  • Marcelo Costa Câmara –  coronel da reserva e ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro
  • Márcio Nunes de Resende Júnior – coronel do Exército
  • Mario Fernandes general de brigada da reserva Exército, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, e homem de confiança de Bolsonaro, seria o cabeça do planejamento dos atentados contra Lula, Alckmin e Moraes
  • Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal (PF)
  • Nilton Diniz Rodriguesgeneral do Exército
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho – empresário e neto do ex-presidente ditador, general João Baptista de Oliveira Figueiredo (1918-1999);
  • Rafael Martins de Oliveira – tenente-coronel do Comando de Operações Especiais
  • Reginaldo Vieira de Abreu – coronel da reserva do Exército
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo – major do Exército
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior – tenente-coronel do Exército
  • Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros  tenente-coronel do Exército, do núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral;
  • Silvinei Vasques – ex-superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
  • Wladimir Matos Soares – policial federal que participou da segurança de Lula durante a transição. Ele abasteceria os golpistas sobre a rotina do presidente eleito.

De acordo com a PF, eram operados diferentes núcleos, com tarefas específicas para derrubar o novo governo. Essa prática configuraria crime de organização criminosa.

Os núcleos de atuação do golpe
  • Grupo central
    Jair Messias Bolsonaro
    Alexandre Rodrigues Ramagem 
    Almir Garnier Santos
    Anderson Gustavo Torres 
    Augusto Heleno Ribeiro Pereira
    Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira  
    Walter Souza Braga Netto
    Mauro César Barbosa Cid

  • Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral
    Ailton Gonçalves Moraes Barros 
    Angelo Martins Denicoli
    Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho 
    Reginaldo Vieira de Abreu 
    Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
    Giancarlo Gomes Rodrigues
    Marcelo Araújo Bormevet
    Guilherme Marques de Almeida

  • Incitação ao Militares à Aderirem ao Golpe de Estado
    Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
    Hélio Ferreira Lima
    Rafael Martins de Oliveira
    Rodrigo Bezerra de Azevedo 
    Wladimir Matos Soares
    Bernardo Romão Correa Netto
    Cleverson Ney Magalhães
    Fabrício Moreira de Bastos
    Márcio Nunes de Resende Júnior
    Nilton Diniz Rodrigues
    Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros  
    Ronald Ferreira de Araujo Junior
  • Sustentação
    Silvinei Vasques
    Marília Ferreira de Alencar 
    Fernando de Sousa Oliveira
    Mário Fernandes
    Marcelo Costa Câmara
    Filipe Garcia Martins Pereira

Quem foi investigado e escapou

  • Valdemar Costa Neto – Presidente do Partido Liberal (PL), foi considerado figura chave no partido que sustentou as ações golpistas
  • Aparecido Andrade Portella – foi intermediário entre o governo Bolsonaro e os financiadores das manifestações golpistas
  • Alexandre Castilho Bitencourt da Silva – coronel e um dos autores da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro”
  • Amauri Feres Saad – advogado citado na CPI dos Atos Golpistas como “mentor intelectual” da minuta do golpe;
  • Anderson Lima de Moura – coronel do Exército
  • Carlos Giovani Delevati Pasini coronel que participou da elaboração da “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores”
  • Fernando Cerimedo – empresário argentino que fez live questionando a segurança das urnas eletrônicas
  • José Eduardo de Oliveira e Silva – padre da diocese de Osasco que disseminou as intenções de golpe
  • Laercio Vergílio – general da reserva que apoiaria os golpistas
  • Ronald Ferreira de Araujo Junior tenente-coronel do Exército
  • Tércio Arnaud Tomaz ex-assessor de Bolsonaro que lideraria o Gabinete do Ódio, encarregado de espalhar fake news e insuflar os ânimos políticos

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