O relatório com as conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia lido nesta terça-feira (26) reservou algumas surpresas, principalmente com a inclusão mais cedo de um integrante do colegiado, o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) (item 45 abaixo), conhecido por sua insistência nos tratamentos ineficazes, mas acabou sendo retirado pelo próprio parlamentar que o incluiu, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) alegando “respeitar a maioria”. Com isso, a lista de pedidos de indiciamento passa a ter 78 pessoas e duas empresas.
Acesse o documento de 1.290 páginas aqui
Confira a lista
- Jair Bolsonaro presidente da República: epidemia com resultado morte; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas;
- Airton Antônio Soligo, ex-assessor do Ministério da Saúde: usurpação de função pública;
- Alex Lial Marinho, ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde: advocacia administrativa;
- Allan dos Santos, blogueiro bolsonarista: incitação ao crime
- Amilton Gomes de Paula, reverendo: tráfico de influência
- Andreia da Silva Lima, diretora-executiva da VTCLog: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Antonio Jordão, presidente da associação médicos pela vida: epidemia com resultado morte
- Arthur Weintraub, ex-assessor da presidência: epidemia com resultado de morte;
- Bernardo Kuster, diretor do jornal Brasil Sem Medo: incitação ao crime;
- Bia Kicis (PSL-DF), deputada federal: incitação ao crime;
- Carla Guerra, médica da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Carla Zambelli (PSL-SP), deputada federal: incitação ao crime;
- Carlos Alberto Sá, sócio da VTCLog: corrupção ativa e improbidade administrativa
- Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), vereador: incitação ao crime;
- Carlos Jordy (PSL-RJ), deputado federal: incitação ao crime;
- Carlos Wizard Martins, empresário: epidemia com resultado morte e incitação ao crime;
- Cristiano Carvalho, intermediador da Davati: corrupção ativa;
- Daniel Arrido Baena, médico da Prevent Senior: falsidade ideológica;
- Daniella de Aguiar Moreira da Silva, médica da Prevent Senior: crime de omissão e crime consumado
- Danilo Trento, diretor institucional da Precisa Medicamentos: formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal: incitação ao crime;
- Eduardo Parrillo, empresário Dono da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade;
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde: emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; comunicação falsa de crime e crimes contra a humanidade;
- Élcio Franco, ex-secretário do Ministério da Saúde: epidemia com resultado morte e improbidade administrativa;
- Emanuella Medrades, diretora técnica da Precisa Medicamentos: falsidade ideológica; formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Ernesto Araújo, ex-ministro das relações exteriores: epidemia culposa com resultado morte e incitação ao crime;
- Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência: prevaricação e advocacia administrativa;
- Fernanda de Oliveira Igarashi, médica da Prevent Senior: falsidade ideológica;
- Fernanda Oikawa, médica da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Fernando Parrillo, empresário Dono da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade;
- Filipe Martins, assessor especial da presidência: incitação ao crime;
- Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), senador: incitação ao crime;
- Flávio Cadegiani, médico: crime contra a humanidade;
- Francisco Emerson Maximiano, empresário dono da Precisa Medicamentos: falsidade ideológica; formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Heitor Freire de Abreu, secretário do Ministério da Defesa: epidemia com resultado morte;
- Hélcio Bruno, coronel da reserva do Exército: incitação ao crime;
- Helio Angotti Neto, secretário do Ministério da Saúde: incitação ao crime;
- João Paulo Barros, médico da Prevent Senior: falsidade ideológica;
- José Alves, empresário dono da Vitamedic: epidemia com resultado morte;
- José Odilon Torres da Silveira Júnior, intermediador da Davati: corrupção ativa;
- José Ricardo Santana, empresário: formação de organização criminosa;
- Leandro Ruschel, influenciador e empresário: incitação ao crime;
- Luciano Dias Azevedo, médico: epidemia com resultado morte;
- Luciano Hang, empresário: incitação ao crime;
- Luiz Carlos Heinze (PP-RS), senador e integrante da CPI: incitação ao crime; (retirado)
- Luiz P. Dominguetti, representante da Davati: corrupção ativa;
- Marcellus Campêlo, ex-secretário de Saúde do Amazonas: somente citado por gestão inadequada da crise;
- Marcelo Bento Pires, coronel da reserva do Exército: advocacia administrativa;
- Marcelo Blanco da Costa, ex-assessor do Ministério da Saúde: corrupção ativa;
- Marcelo Queiroga, ministro da Saúde: epidemia culposa com resultado morte e prevaricação;
- Marconny Albernaz Faria, lobista intermediário da Precisa Medicamentos: formação de organização criminosa;
- Marcos Tolentino, empresário: formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Mauro Luiz de Brito Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina: epidemia com resultado morte;
- Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde: epidemia com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade;
- Nise Yamaguchi, médica: epidemia com resultado morte;
- Onyx Lorenzoni, ministro do Trabalho e Previdência: incitação ao crime e crimes contra a humanidade;
- Osmar Terra (MDB-RS), deputado federal: epidemia com resultado morte e incitação ao crime;
- Oswaldo Eustáquio, blogueiro bolsonarista: incitação ao crime;
- Otavio Fakhoury, empresário: incitação ao crime;
- Paola Werneck, médica da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem;
- Paolo Zanoto, médico e professor da USP: epidemia com resultado morte;
- Paulo Eneas, editor do site Crítica Nacional: incitação ao crime;
- Pedro Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade;
- Precisa Medicamentos: ato lesivo à administração pública;
- Rafael Franscisco Carmo Alves, intermediador da Davati: corrupção ativa;
- Raimundo Nonato Brasil, sócio da VTCLOg: corrupção ativa e improbidade administrativa;
- Regina Célia de Oliveira: advocacia administrativa;
- Ricardo Barros (PP-PR), deputado federal e líder do governo na Câmara: incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Richar Pozzer, artista: incitação ao crime
- Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde: corrupção passiva; formação de organização criminosa e improbidade administrativa;
- Roberto Goidanich, ex-presidente da Funag: incitação ao crime;
- Roberto Jefferson, ex-deputado federal e presidente do PTB: incitação ao crime;
- Rodrigo Esper, médico da Prevent Senior: perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade;
- Tércio Arnaud, assessor especial da presidência: incitação ao crime;
- Teresa Cristina de Sá, sócia da VTCLog: improbidade administrativa;
- Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde: advocacia administrativa;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos: falsidade ideológica e improbidade administrativa
- VTLog: ato lesivo à administração pública;
- Wagner de Campos Rosário, ministro da CGU: prevaricação;
- Walter Braga Netto, ministro da Defesa: incitação ao crime e crimes contra a humanidade;
- Wilson Lima, governador do Amazonas: somente citado por não ter feito alertas necessários durante a crise de oxigênio em Manaus.