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Reforma da Previdência é missão dos deputados, diz Kim Kataguiri

Em entrevista a MONEY REPORT, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do Movimento Brasil Livre (MBL), fala sobre o primeiro mês de governo Jair Bolsonaro e a escolha dos ministros; explica o motivo pelo qual não apoiou Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara e reconhece a urgência da reforma da Previdência. Segundo Kim, aprovar a reforma do sistema previdenciário é a “missão” da nova legislatura que tomou posse no dia 1º de fevereiro. A seguir, trechos da entrevista.

Qual sua avaliação do primeiro mês do governo Jair Bolsonaro?

Em relação às escolhas técnicas das equipes, e pelas reuniões que já tive com Paulo Guedes (ministro da Economia), Rogério Marinho (secretário da Previdência) e o ministro Sérgio Moro (ministro da Justiça), o governo está indo bem. Não me arrisco a falar sobre outros aspectos do governo, pois ainda não tive contato. Mas vejo um governo de equipes técnicas e bem-intencionadas. Resta ao grupo de articulação política fazer com que as reformas se concretizem aqui na Câmara.

O sr. disse recentemente que o governo “tem errado demais”. Poderia explicar melhor?

Me referia à comunicação do governo. Um ministro desautorizando outro; o presidente desautorizando ministro. Fiz referência também à falta de rapidez do governo em se isolar do caso Flávio Bolsonaro que, na minha opinião, não deveria ter nada com o governo. Isso acabou comprometendo um pouco do capital político.

Quais pautas do Executivo terão o seu apoio?

Difícil dizer, pois só temos duas pautas imediatas. O pacote de leis apresentado pelo ministro Sérgio Moro, na área de segurança, e a reforma da Previdência. Esses dois pontos terão meu apoio. Penso que a principal missão dessa legislatura é aprovar a reforma do sistema previdenciário. Vou fazer o que estiver ao meu alcance para aprová-la.  

O senhor foi eleito com fortes críticas ao excesso de gastos no sistema político. Como tem evitado, na prática, gastos desnecessários no seu mandato?

Fiz um corte de 30% na montagem do meu gabinete, abri mão do auxílio-mudança, auxílio-moradia, segurança oficial, carro alugado. Formei uma equipe qualificada. Para cada setor, temos um técnico qualificado para atender às demandas.

Por que o senhor não apoiou à reeleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara?

Penso que, para haver a aprovação da reforma da Previdência, temos que trabalhar com o máximo de comunicação possível. Reeleger, pela terceira vez consecutiva, o presidente da Câmara, não passa imagem de renovação e gasta nossa popularidade, que poderia ser usada para aprovação das reformas. Por isso apoiei o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), um liberal convicto, que está de acordo com meus valores, e que possui um canal mais direto com a população, coisa que Rodrigo Maia não tem, já que ele não tem atuação nas redes sociais.

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