Washington e Moscou efetuaram 26 trocas, em um movimento que teve a participação de Alemanha, Turquia e Noruega
O repórter do The Wall Street Journal, Evan Gershkovich, e o ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos, Paul Whelan, foram libertados pela Rússia nesta quinta-feira (1°), em uma troca de prisioneiros envolvidos em acusações de espionagem. Gershkovich estava detido desde março de 2023. Ao todo, Washington e Moscou trocaram 26 de prisioneiros, em um movimento que teve a participação de Alemanha, Turquia e Noruega.
É a maior entres os dois países desde a Guerra Fria e foi considerada uma “façanha da diplomacia” pelo o presidente americano Joe Biden. Esta troca pode incluir outras figuras notáveis da oposição russa, como Vladimir Kara-Murza, Ilya Yashin ou Oleg Orlov, que recentemente foram transferidos para locais desconhecidos.
Evan Gershkovich foi condenado em julho a 16 anos de prisão em uma colônia penal de alta segurança. O tribunal russo declarou que as evidências apresentadas foram suficientes para o veredito, apesar de Gershkovich negar todas as acusações. Os promotores alegaram que ele usou métodos conspiratórios para obter informações sobre uma fábrica de armas russa, acusação que ele, o jornal e o governo americano negaram. O julgamento ocorreu a portas fechadas, sem que as provas fossem divulgadas.
Ex-fuzileiro naval expulso por má-conduta, ex-policial e ex-auxiliar de xerife, o norte-americano Paul Whelan foi libertado enquanto cumpria o quarto ano de uma pena de 16 por espionagem. Ele detido em 2018, em Moscou, quando visitava amigos. Whelan teria afirmado a familiares ser próximo há tempos do agente Ilya Yatsenko, a qual teria emprestado dinheiro para uma festa. Tempos depois o amigo o acusou de espionagem. A CIA afirmou publicamente que jamais contrataria um espião com histórico pessoal de Whelan, tampouco o deixaria em um país hostil sem a proteção de um passaporte diplomático.
Do outro lado, o espanhol Pablo González saiu de uma prisão polonesa. Ele estava detido havia dois anos, acusado de espionar para Moscou.
