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Saiba quem é quem na corrida às presidências da Câmara e do Senado

Após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela impossibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente, as campanhas ganharam novos atores. Alguns importantes, outros nem tanto. Saiba quem são e o que fizeram na vida pública que mereceu destaque.

* Nomes com asteriscos: mudanças repentinas no tabuleiro do legislativo.

Senado

Antonio Anastasia (PSD-MG)
Ex-governador de Minas Gerais, é um dos nomes mais tradicionais em Brasília e possui favoritismo para ocupar o lugar de Davi Alcolumbre. Primeiro-vice-presidente do Senado, é conhecido por ter um perfil moderado e conciliador, além de bom trânsito entre os partidos. Foi citado nas investigações da Odebrecht, mas nada foi provado.

Eduardo Braga (MDB-AM)
Ex-governador do Amazonas, foi ministro de Minas e Energia do governo de Dilma Rousseff. Em 2013, foi investigado por formação de quadrilha pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O processo foi arquivado por falta de provas. Em 2017, foi ligado ao recebimento de propina, desta vez na delação da Odebrecht.

Eduardo Gomes (MDB-TO)
Nunca ocupou cargo no Executivo. Atualmente é líder do governo Bolsonaro no Senado. Entre os parlamentares ligados ao Planalto, ele desponta como favorito pela presidência da Casa. É conhecido por seu perfil discreto e de bastidores. Defensor da pauta armamentista.

Esperidião Amin (PP-SC)
Na vida pública desde 1969, Amin foi governador de Santa Catarina duas vezes (em momentos distintos). Membro do Arena, partido do governo militar durante a ditadura. Em 2016, tentou emplacar a “emenda Amin”, que basicamente perdoaria políticos de crimes de corrupção.

Jorge Kajuru (Cidadania-GO)
Nunca ocupou cargo no Executivo. Tem poucas chances. Em 2005, foi condenado a pagar R$ 30 mil por danos morais ao ex-governador de Goiás, Marconi Perillo. Possui mais 130 processos. Neste ano, a justiça obrigou Kajuru e Vanderlan Cardoso (PSD-GO) a retirarem um vídeo do ar após comentários contra o ex-governador Maguito Vilela (MDB), internado por covid-19.

Major Olimpio (PSL-SP)
Nunca ocupou cargo no Executivo. Foi um grande apoiador de Bolsonaro, mas hoje é um crítico do governo. Apesar de se colocar à direita, em 2010, quando filiado ao PDT, tentou emplacar uma chapa com o petista Aloizio Mercante . Votou à favor do impeachment de Dilma Rousseff. Foi contra o teto de gastos e a reforma trabalhista.

Nelsinho Trad (PSD-MS)
Ex-prefeito de Campo Grande, é outro com poucas chances, mas se mantém na disputa. Já foi investigado por desvio de verbas, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa durante seu mandato como prefeito.

Simone Tebet (MDB-MS)
Ex-vice governadora do Mato Grosso do Sul. Em 2019, chegou a ser candidata à presidência do Senado, mas acabou desistindo para apoiar Davi Alcolumbre. No mesmo ano, recebeu o título de melhor senadora do país no Prêmio Congresso em Foco. Foi investigada por fraudes em licitações quando prefeita de Três Lagoas (MS).

Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Ex-governador do Ceará. É um dos políticos mais antigos e de melhor trânsito entre os partidos. Quando governador, foi reconhecido pela Unicef como modelo no combate à mortalidade infantil. Entretanto, seu nome já foi ligado às suspeitas de desvios de verbas do Banco do Estado do Ceará e da Sudene.

*Rodrigo Pacheco (DEM-MG)*
O nome de Pacheco foi divulgado na quinta-feira (10), apoiado por Davi Alcolumbre. Nunca ocupou cargo no Executivo. Este é o seu primeiro mandato como senador. Ele foi pré-candidato ao governo mineiro em 2018.

Câmara

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
É tido como um dos favoritos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e da ala Luciano Bivar do PSL. Ministro das Cidades de Dilma, foi contra seu afastamento, mas mudou de lado. O doleiro Alberto Youssef o apontou como beneficiário de propinas. Era próximo do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mas votou por sua cassação.

Arthur Lira (PP-AL)
Conhecido por ser o candidato do governo, Lira já foi alvo de investigações da Polícia Federal por enriquecimento ilícito. Assim como Aguinaldo Ribeiro, era próximo do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e votou contra sua cassação.

Baleia Rossi (MDB-SP)
Apontado como um dos favoritos pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Votou pelo impeachment de Dilma, mas foi contra o de Temer. Na investigação da PF sobre os repasses da Odebrecht, foi apontado que seu irmão, Paulo Luciano Tenuto Rossi, recebeu propina da campanha de Paulo Skaf ao governo paulista, em 2014.

Capitão Augusto (PL-SP)
Correndo por fora, o deputado do baixo clero é defensor da ditadura militar e não tem apoio do próprio partido. Eleito em 2014 com 0,22% dos votos, foi puxado pelos votos do deputado federal Tiririca (PL-SP). Quer o impeachment do ministro do STF, Marco Aurélio, pela soltura do líder do PCC, André do Rap.

Elmar Nascimento (DEM-BA)
Votou pela cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, mas foi contra o processo que pedia a investigação do presidente Michel Temer, ajudando a arquivar o pedido. Não é o escolhido de Rodrigo Maia, mas se mantém como opção do partido, expondo uma divisão interna.

Fábio Ramalho (MDB-MG)
Próximo do governo, mas integrante do baixo clero. O deputado já disputou a presidência da Câmara, sendo derrotado para Rodrigo Maia em 2019. Seu gabinete é frequentado pelos colegas por um motivo peculiar: ele sempre deixa à disposição comida mineira. É conhecido como o “deputado da leitoa”.

Fernando Coelho Fº (DEM-PE)
Um dos nomes fortes nos bastidores, foi ministro de Minas e Energia no governo Michel Temer. Ele e seu pai, o senador Fernando Bezerra, são investigados pela PF sobre recebimento de propina de empreiteiras quando o pai foi ministro da Integração no governo Dilma.

Luciano Bivar (PSL-PE)
Foi aliado de Jair Bolsonaro, mas a relação acabou por causa de disputas partidárias. Conhecido pelo perfil autoritário e de difícil diálogo, tem a vantagem de trafegar junto ao alto clero do Congresso. Em 2019, a PF indiciou Bivar por associação criminosa no esquema de candidaturas femininas laranjas no PSL.

*Marcelo Ramos (PL-AM)*
Ramos saiu da disputa para apoiar o eventual candidato de Rodrigo Maia.

*Marcos Pereira (Republicanos-SP)*
Atual 1º vice-presidente da Câmara. Foi ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços de Michel Temer. Se demitiu em 2018, após ser mencionado como beneficiário de propina pela Odebrecht. Possui bom trânsito entre os partidos no Congresso. Afirmou não abrir mão do controle do Republicanos para acolher o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). É bispo da Igreja Universal do Reino de Deus.

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