O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aposta em parcerias com instituições para o combate à desinformação nas eleições. Isso ocorreu com o WhatsApp, por exemplo, para combater o disparo de mensagens em massa. O novo desafio é o Telegram, capaz de criar grupo de até 200 mil pessoas, pois a empresa não possui representantes no Brasil, revelou a secretária-geral do TSE e coordenadora do Programa de Enfrentamento à Desinformação, Aline Osorio (imagem), ao jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (14).
Osorio considera que uma das prioridades é fazer as plataformas adotarem regras claras de moderação para conteúdo de contexto eleitoral, como nas postagens alegando indevidamente fraudes nos resultados eleitorais ou o não reconhecimento do resultado das urnas. “A gente tem trabalhado muito. São as etiquetas de alerta ou de checagem, que enviaremos ao eleitor para refletir sobre aquela notícia”. Para 2022, secretária-geral do TSE explicou que é preciso aprofundar essa parceria e ampliar os mecanismos de combate à desinformação junto às plataformas, o que não é possível fazer no momento com o Telegram.
Há pessoas de boa-fé que encaminham a desinformação sem se darem conta. Eu acho que essas pessoas precisam de capacitação, com a disseminação de informação verdadeira. Agora, há uma lacuna do tipo penal — esse é um tema polêmico — às fábricas de produção da desinformação e seus financiadores. Acho que é uma tendência e quase uma unanimidade mundial fazer o “follow the money” [seguir dinheiro”, para determinar que financia essas atividades].
Secretária-geral do TSE e coordenadora do Programa de Enfrentamento à Desinformação, Aline Osorio