Pelo menos na primeira metade desta segunda-feira (13), com os ânimos apaziguados em Brasília, as negociações aceleram na B3. Em torno do 12h45, a sessão já registrava um salto de 2,26%, negociada a 116.871 pontos. O dólar perdia força, caía 1,09%, negociado a R$ 5,20. Sem os ruídos políticos atrapalhano, a bolsa está no azul desde a abertura às 10h da manhã (abaixo).
Na semana anterior, a Esplanada dos Ministérios em Brasília e a Avenida Paulista, em São Paulo, foram palco de movimentos agudos contra a democracia brasileira nos atos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro, deixando os investidores em um agudo movimento de recuo em relação ao Brasil. A bolsa encerrou o 8 de setembro, pós atos, a 113.412 pontos e uma queda brusca de quase 4%. O nó institucional foi desfeito pelo ex-presidente Michel Temer em 9 de setembro.
Se Brasília continuar na toada de paz, o país deixará de ser visto com desconfiança. Países emergentes são, por natureza, considerados mercados voláteis, porém interessantes. O temor recente com o risco de ruptura não estava no radar dos investidores, que tinham como certo que a democracia brasileira, mesmo jovem, é sólida. Sem esta percepção, não há segurança jurídica para a atração de capital estrangeiro e negociações para exportações, necessários para amenizar o déficit fiscal.