Índice superou as abstenções registradas na pandemia da covid em 2020
O índice de abstenção nas urnas em São Paulo no segundo turno das eleições municipais deste domingo (27) alcançou um recorde de 31,54%, superando a marca anterior, registrada em 2020, durante a pandemia de covid-19. A taxa revela um cenário de afastamento dos eleitores mesmo em um período eleitoral decisivo para a cidade.
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito com 59,35% dos votos válidos, enquanto seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), obteve 40,65%. Em termos absolutos, o número de eleitores ausentes subiu de 2.769.179 em 2020 para 2.940.360 em 2024, consolidando a tendência de baixa participação.
Já no primeiro turno das eleições deste ano, a taxa de abstenção atingiu 27,3%, o que só foi superado pelo cenário da pandemia em 2020, quando chegou a 29,3%. Dados do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) mostram que, historicamente, o segundo turno apresenta índices de abstenção ainda mais elevados.
Além das abstenções, a eleição de 2024 registrou 430.756 votos nulos (6,75%) e 234.317 votos em branco (3,67%) na capital paulista.